Wilson Nobre

 
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Minha história bem resumida?
Bem, começo uma história nova em Brasília no início de 2019, quando deixo muitas atividades em São Paulo e Embu das Artes, para me mudar para cá. Nessa época, assumi uma diretoria no MEC por pouco tempo.

História nova em muitos sentidos: deixo uma casa numa chácara, na qual vivia há 30 anos, para viver em um apartamento numa Superquadra da Cidade-Parque idealizada por Lucio Costa e Oscar Niemeyer. As aves que aqui gorjeiam são muito parecidas com as de lá. Os novos amigos que aqui encontro também são muito parecidos com os ainda amigos de lá; mas trabalhar com o setor público está sendo um aprendizado eletrizante, muitos potenciais a serem desabrochados. 

Em quatro décadas como empresário e consultor na CIM-Consult e na NucleoTec, ajudei muita gente a inovar usando novas tecnologias: por 15 anos inovando as ferramentas de projeto de engenharia, como CAD – Computer Aided Design e muitas outras. Na sequência, outros quinze anos com ferramentas de automação de processos administrativos e de negócios, como GED Gerenciamento Eletrônico de Documentos e Workflow. Na última década, comecei (e continuo começando...) a parte mais divertida e instigante: inovar a partir das pessoas, por meio de novas tecnologias sociais como a Teoria U, o Design Thinking e muitas outras. 

Como professor na FGV-EAESP, trabalhei as últimas duas décadas inovando “na periferia do sistema”, como explica Thomas Kuhn para relatar como ocorrem as trocas de paradigmas científicos. Uma experiência e tanto.

Como conselheiro de inovação na FIESP pratiquei, desde 2013, a nova habilidade de encontrar espaços vazios na estrutura organizacional, onde poderiam brotar sementes de inovação. Foi um belo aprendizado. 

Na defesa da cidade, travei lutas desproporcionais com o Poder Público em Embu das Artes, sempre com uma sensação de perder o jogo nas áreas de meio ambiente e segurança pública. Confesso que fica uma certa frustração. 

Eu gosto de todas essas dimensões acima, sou um pouco de cada uma delas. Dito de outra forma, essas dimensões estão em mim como roupas que vesti e uso. 

Mas a dimensão sobre a qual mais gosto de falar a respeito é uma que é só minha, que se aproxima muito mais de quem eu realmente sou, um ser humano. Essa dimensão se expressa pelo interesse e estudo do campo da espiritualidade, da essência que caracteriza nossa expressão humana. 

Hoje, tenho o privilégio de enxergar que toda essa trajetória me fez formar músculos de inovação e ter convicção sobre o significado da vida. Agora posso viver inovando, inovar vivendo e ajudar outras pessoas a viver, inovar e florescer. 

Por todos esses presentes, eu sou muito grato à vida e a todas as pessoas que andaram juntas comigo nesse percurso.

Minha história, como a de todo mundo, tem algumas dimensões que compõem o que posso dizer que sou eu. Na dimensão da família de origem, o terceiro filho entre cinco irmãos e uma irmã, a que veio primeiro.