Teoria U
É uma abordagem para inovação social, desenvolvida por Otto Scharmer, professor sênior do MIT Sloan School of Management. Ele construiu um conjunto de conhecimentos e práticas na forma de uma jornada coletiva de inovação. Essa jornada é dividida em cinco movimentos que se distribuem em um roteiro na forma da letra U, daí seu nome.
O primeiro movimento é a coiniciação, quando o grupo alinha suas intenções pessoais com o propósito do grupo para essa jornada. No segundo movimento, o grupo se deixa guiar por instrumentos específicos de conexão com o sistema social que será o sujeito da inovação, por meio de um novo olhar fresco, sem pré-julgamentos, e pela conexão empática com as pessoas que operam nesse sistema social. No terceiro movimento, a coinspiração no fundo do U, as pessoas encontram uma ligação consigo mesmas e sua fonte de inspiração, abrindo-se para a melhor versão futura desse sistema social. Nesse momento, o grupo percebe o que está pronto para emergir no futuro imediato, que precisa de ajuda para nascer. No quarto movimento, essas ideias ainda imprecisas ganham forma por meio da cocriação com técnicas como design thinking, para então prototipar e informar o quinto movimento, a coevolução, traduzindo essas ideias em um programa de implantação da inovação.
A jornada do U é um convite ao coletivo social que se propõe a realizar algo em benefício do todo. Pode ser aplicada ao desafio de um departamento ou de uma organização inteira, ou ainda a uma oportunidade em qualquer grupo social, bem como para grandes questões que envolvem um ministério ou o governo todo de um país.
Dois dos tópicos mais relevantes na jornada do U é a abertura para a escuta ativa e profunda e para a conversa dialógica e generativa.
Um ponto relevante da proposta de Otto Scharmer, que a diferencia de tantas outras abordagens de transformação pessoal, é que na Teoria U a transformação se dá no indivíduo quando conectado ao coletivo, operando para entregar algo melhor a todo o grupo social e não somente a si mesmo.
A teoria propõe que a qualidade dos resultados que um sistema social cria depende da qualidade da consciência dos participantes que operam nele. Nessa jornada de mergulho no U, os participantes deixam um pouco de lado a experiência do passado e aprendem a criar a partir do futuro que emerge por meio da conexão profunda com o momento presente.
Mas sabemos muito pouco sobre o lugar interior, a fonte a partir da qual eles operam. E é esta fonte que a "Teoria U" busca explorar.